Prece a Nossa Senhora

I

Dai-me, ó minha Senhora, o que vos resta

Dai-me a fome e a pobreza nesta vida

O que se não aceita e se detesta

Peço a dor da doença bem sofrida

O fracasso e a derrota sem medida

Que eu não tenha no mundo confiança

Mas só em Vós o penhor da esperança

Como o pobre Jesus, nato em Belém

Que sejais minha parte nessa herança

E para sempre o meu sustento. Amém.

II

Enquanto não desisto de o pedir

Dai-me desprezo amargo e zombaria

Do gozo e da alegria não fruir

Peço a falta de toda companhia

Ser de todo esquecido em minha via

No amor não encontrar tranquilidade

Enquanto não tornar-se caridade

Como o Vosso Filho, o próprio Bem

Vós sois meu exemplar de castidade

E para sempre o meu sustento. Amém.

III

Entre o consolo e o óbito diário

Dai-me a graça de ser contrariado

Mesmo se levado eu for ao Calvário

Peço por vosso amor ser humilhado

E a firmeza de estar ao vosso lado

Que seja o meu tesouro obediência

E da fé, minha herança, a persistência

Pois da humana fraqueza o que me vem

Aborrece o que é-me a paciência

E para sempre o meu sustento. Amém.

IV

Atravesse o meu peito a vossa lança

E imite este servo tal pujança

Como a que combateu Jerusalém

Pois que sois de Deus a Arca da Aliança

E para sempre o meu sustento. Amém.

 

Baseado no poema conhecido como “Oração do Paraquedista”,
Por um congregado mariano

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