Propósitos de santidade por São João Berchmans
São João Berchmans, um dos padroeiros da juventude estudantil, possuía características marcantes que o diferenciavam dos demais jovens da época. Muito do que conhecemos dele se encontra nas bibliografias escritas pelo padre Cepari SJ, diretor espiritual de São Luiz Gonzaga e reitor do Colégio Romano no período em que São João Berchmans passou por lá durante o seu juniorado e por James J. Daly, S.J, autor de “São João Berchmans: o santo da inocência”. As demais informações de sua vida estão presentes em seus cadernos espirituais, conservados em uma biblioteca na Bélgica.
As informações contidas nos cadernos eram de todo gênero, lá havia jaculatórias, elogios aos seus irmãos da Companhia, lista de seus defeitos ou de faltas alheias (sem mencionar o nome de quem as cometia) e demais textos espirituais. Em um de seus textos é possível encontrar propósitos feitos por ele para alcançar a santidade. Aqui estão alguns:
Propósitos de São João Berchmans
1.º Suportar com paciência os defeitos dos meus irmãos.
2.º Não julgar ninguém nem me intrometer nos assuntos dos outros.
3.º Pensar que todos são bons.
4.º Alegrar-me e felicitar os outros quando algo lhes corre bem.
5.º Ser educado e amável e fazer o bem a todos.
6.º Sempre desculpar os meus colegas.
7.º Dizer palavras agradáveis.
8.º Prestar muita atenção no que tenho que fazer, e nos meus defeitos, e não no que os outros fazem de errado.
9.º Ceder o melhor aos outros.
10.º Esquecer o mal que te fizeram.
11.º Prestar atenção no que gostas nos outros e imita isso. O que te desagrada nos outros nunca faças: contradizer com frequência, rir demais, ser exigente… Claro, se alguém cumprir tudo o que foi dito acima, torna-se santo.
Dessa forma, São João Berchmans nos mostra que a santidade está também nas pequenas coisas e como é possível a todos alcançá-la. O santo possuía muito bem o espírito jesuíta, presente também nas congregações marianas, conhecido como Magis, que consiste em realizar o máximo no mínimo. Como o próprio santo dizia:“a perfeição não consiste em fazer grandes coisas, mas em realizar bem o que a obediência ordena ou recomenda”.
