Normas do Bom Congregado
- A disciplina faz o bom soldado. A obediência e o respeito ao Padre Diretor e às Regras da Congregação caraterizam o bom Congregado Mariano.
- Aquele que é cumpridor das pequeninas obrigações, também o será das grandes. Assim, a presença nas reuniões, o uso da fita, a saudação mariana: – Salve Maria! – apontam os congregados que o são deveras, que jamais faltam com seus deveres de Católico e Mariano fervoroso.
- Ninguém é compelido a entrar na congregação, uma vez, porém, nela admitido deverá viver a vida mariana consoante às Regras e conforme promessas espontaneamente feita ao pé do altar.
- Foi a eleição do amor à Virgem Imaculada, foi a devoção a tão terna Mãe, que nos conduziram à Congregação. Sejamos, pois, fiéis e fervorosos nesta reverência, neste amor filial, não Congregados só de nome, mas de fato.
- A Congregação reúne almas de boa vontade, decididas aos grandes prélios do bem e da verdade, propugnando pelo aperfeiçoamento moral de cada membro e a irradiação desse aperfeiçoamento na sociedade em que vive. Quem não tiver, por conseguinte, o espírito de sacrifício, não for fervoroso no cumprimento dos deveres, que a si mesmo se impôs para a consecução daquele aperfeiçoamento, não pode ser Congregado Mariano. Ou aprende a cumprir os seus deveres, ou deixa o lugar para os que o sabem cumprir. É engano — engano muito grande — aquilatar o valor de uma Congregação pelo número dos seus membros. O progresso quantitativo é bom e até ótimo, quando se tem primeiro o progresso qualitativo. Mais vale a qualidade que a quantidade. O ideal é a divisa de Pio XI: POUCOS E BONS — está bem. MUITOS E BONS — melhor.
- Antes de chegar a Congregado, deve o Candidato passar por um estágio, suficientemente longo, afim de “dar provas de que é um elemento aproveitável” . Deve, em “seguida, ser examinado sobre as Regras da Congregação — se as conhece e se as pratica. Só no caso afirmativo, poderá ser admitido no rol dos Congregados. O mesmo acontece na admissão de um Aspirante a Noviço.
- O Congregado, Noviço ou Aspirante que falta notavelmente com seus deveres, na Congregação, sem se justificar, deve ser avisado caridosamente mas com firmeza. Se continuar a faltar sem motivo, faz-se-lhe ver que assume toda a responsabilidade na sua exclusão da Congregação.
- A caridade deve ser a nota distintiva da Congregação. Caridade fraterna entre os Congregados. Caridade de uma Congregação para com outra. Caridade para com os pobres. Caridade para com os infiéis, trabalhando na propagação da Fé. Caridade, acima de tudo, para com Deus, amando-O sobre todas as coisas e preferindo antes sofrer tudo que perder sua graça. Cristo disse: — “Os homens vos reconhecerão por meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como Eu vos Amei”. Não é, pois, discípulo de Cristo quem não observa a Caridade fraterna. E a condição para haver progresso em uma associação é que haja nela caridade fraterna, sem a qual, Cristo desconhece essa associação e nega-lhe a graça. Portanto, deve ser radicalmente banido da Congregação todo espírito de crítica, de murmuração, de inveja, de ciúmes, de rivalidades, de querelas. “Quem quiser ser o primeiro, faça-se o último dentre todos”, disse Nosso Senhor. Toda a rivalidade, pois, deve consistir em procurar o último lugar, em ser cada um o mais humilde.
A vida interior é a base da vida apostólica. Deus agradece o apostolado de uma alma que antes de tudo procura santificar-se. “Nemo dat quod non habet”: Ninguém dá o que não tem. Não pode, pois, trabalhar, direta ou indiretamente, pela salvação das almas quem não trabalha pela sua salvação.
O melhor apostolado, portanto, é o do bom exemplo. Se as palavras comovem, os exemplos arrastam.
Extraído do Anuário da Federação das CCMM
do Paraná, em 1940