Via Sacra

Em união com Maria, a mãe das Dores, vamos, ó Jesus, percorrer o caminho doloroso por onde passastes para consumar a nossa redenção no Calvário. Fazei com que esta meditação dos principais mistérios de vossa paixão nos encha o coração de conjunção por nossos pecados reconhecimento pelo vosso grande amor para conosco.

Oração Preparatória

V. Deus, in adjutórium meum intende:
R. Domine, ad adjuvandum me festina

V. Gloria Patri, et Filio et Spíritui Sancto
R. Sicut erat in principio, et nunc, et semper et in sæcula sæculórum. Amen. Alleluia.

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio
R. Senhor, apressai-vos em me socorrer

V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia.

Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes com amor infinito o caminho doloroso de Calvário, e aí morrestes num patíbulo da infâmia, dai-me a graça de Vos acompanhar, e de unir as minhas lágrimas ao Vosso Sangue precioso. Tenho ardente desejo de consolar o Vosso Coração tão bom e tão amargurado pelos nossos pecados e de me associar à Vossa dolorosa paixão e morte… Quem me dera sofrer e morrer por Vós, que sofrestes e morrestes por mim!

Ó Jesus, eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender. Dignai-Vos, meu querido Senhor, conceder-me as indulgências com que Vossos Vigários enriqueceram este santo exercício, e recebei-as em satisfação dos meus pecados, e em sufrágio das almas do Purgatório.
Maria, Rainha dos Mártires, dai-me o amor e a dor, com que acompanhastes ao Calvário, o Vosso inocentíssimo Jesus. Amém.

 

1ª Estação – Jesus é condenado à morte

Stabat Mater dolorosa
Juxta crucem lacrimosa
Dum pendebat Filius

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Estava a Mãe Dolorosa
Ao pé da Cruz lacrimosa
Enquanto o Filho pendia

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Jesus está diante de Pilatos: A que estado O reduziram! A cabeça coroada de espinhos; as faces banhadas em sangue; todo o corpo lacerado; os ombros cobertos com um pedaço de púrpura; as mãos atadas. Inspira compaixão o amabilíssimo Jesus: todavia Pilatos, para agradar aos ingratos judeus, condena à morte o inocente Filho de Deus. Jesus ouve com serenidade a sentença e aceita resignada à morte para salvação dos pecadores.

Ó Jesus, eu merecia a morte eterna do inferno; e Vós, o Deus da vida, quisestes morrerparamesalvar!SejabenditaaVossabondadeinfinita! Dai-meagraçade viver e morrer no Vosso santo amor.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

2ª Estação – Jesus levando a Cruz

Cujus animam gementem
Contristatam et dolentem
pertransivit glaudius

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Em sua alma agoniada
Enterrou-se a dura espada
De uma antiga profecia

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Jesus é despido do manto de púrpura e coberto dos Seus vestidos, para que todos O reconheçam e insultem. Apresentam-Lhe a Cruz. O Salvador estende os braços, e, num transporte de ternura, aperta-a ao Coração e banha-a de lágrimas. E, pondo-a aos ombros chagados, encaminha-Se para o Calvário. “Aonde ides, meu bom Jesus?” – “Vou morrer por ti; depois da Minha morte lembra-te de Mim, e ama-Me!”

Jesus, essa Cruz era-me devida a mim, que sou pecador e não a Vós, que sois inocente… Mas o Inocente quis pagar pelo pecador. “Sede sempre bendito, ó Senhor”. Abraço, por Vosso amor, todos os desprezos e contrariedades da vida.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

3ª Estação – Jesus cai pela primeira vez

O quam tristis et afflicta
Fuit illa, benedicta
Mater unigeniti!

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Ó quão triste e aflita
Estava ela, bendita,
Mãe do Unigênito!

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Contempla, alma, o estado em que reduziram Jesus a agonia no Horto das Oliveiras, os maus tratos dos judeus, a flagelação e a coroação de espinhos. Jesus se acha exausto. A própria cruz é um peso superior às suas energias físicas. Seu corpo verga sob o fardo, extenuado a desfalecer. Jesus sucumbe mais pelo peso dos nossos pecados do que pelo da cruz.

Dai-me, Jesus, a graça de ficar abraçado à minha cruz, ainda quando eu desfaleça sob o peso dela. Dai-me a graça de me reerguer sempre que tiver desfalecido. Dai-me, Senhor, a graça suprema de nunca sair do caminho por onde devo chegar ao alto do meu próprio calvário.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

4ª Estação – Jesus encontra Sua Santíssima Mãe

Quæ mœrebat et dolebat
Pia mater dum videbat
Nati pœnas incliti

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Dor e angustia possuia
Pia Mãe, enquanto via
As penas do inclito Filho

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Nossa Senhora achava-se à passagem do cortejo, presa de profundo sofrimento. Construi- se nesse lugar uma igreja chamada “Do Espasmo”, em lembrança da imensa dor sofrida pela mais amável das mães, ao ver em tal estado o mais amado dos filhos. “Ó vós todos que passais por este caminho, atendei e vede se existe dor como a minha dor”. Que homem poderia conter as lágrimas, vendo a Mãe do Cristo em tal suplício?

Nossos pecados são a causa dessa dor. Ó Jesus! Ó Maria! Com meus pecados fui à causa dos Vossos tormentos… Perdoai-me! E dai-me a graça de detestá-los.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

5ª Estação – Simão Cirineu ajuda Jesus a Carregar a Cruz

Quis est homo, qui non fleret
Matre Chrisi si videret
In tanto supplicio?

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Quem não choraria vendo
A mãe do Cristo sofrendo
em tanto suplício?

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


A extrema fadiga de Jesus fazia os algozes recearem que Jesus não pudesse chegar ao Calvário.Ao sair da cidade, os soldados encontraram um certo Simão de Cirene e o obrigaram a carregar a cruz, levando atrás de Cristo.

Ó Jesus! Vós sustentais, com um ato da Vossa onipotência, o Céu e a Terra, e precisais de ajuda para carregar a Cruz?! Pelos merecimentos desta Vossa fraqueza, ajudai-me a levar a cruz que mereço e desejo na qualidade de cristão e de pecador.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

6ª Estação – Jesus no ato em que a Verônica Lhe enxuga o rosto

Quis non posset contristari
Christi Matrem contemplari
Dolentem cum Filio?

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Quem não choraria vendo
A mãe na Via Sofrendo
as dores com o Filho

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Ao passar o cortejo, uma mulher rompe a multidão; aproxima-se rapidamente do Salvador e, com o seu véu, enxuga-lhe caridosamente o rosto. Em reconhecimento por esse corajoso obséquio, Jesus deixa a sua Santa Face impressa no véu de Verônica.

Dai-me, meu Senhor, a coragem de vencer sempre o respeito humano e imprimir no íntimo de minha alma o traço do Homem das Dores, a fim de assemelhar-me a Ele por meus sofrimentos. Que também possa eu receber esse prêmio. Hoje que os ímpios e os ingratos, inimigos de Vossa Igreja, Vos insultam e blasfemam, dai-me a graça de reparar esses ultrajes; e, depois, gravai na minha alma a Vossa Face divina!

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

7ª Estação – Jesus cai pela segunda vez

Pro peccatis suæ gentis
Vidit Jesum in tormentis
Et flagellis subditum

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Pelos pecados da gente
Sofre o Filho inocente
Submisso aos flagelos

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


A marcha para o Calvário agora chega ao começo do monte. Fora difícil nas ruas escorregadias e estreitas de Jerusalém, mas agora se torna ainda mais difícil, enquanto sobe Jesus o monte. Na extrema fraqueza de Jesus a subida, os embaraços do caminho, as brutalidades dos soldados, as zombarias dos Judeus e, sobretudo, o peso da Cruz fazem o Divino Salvador cair pela segunda vez.

Ó Jesus! As minhas repetidas culpas causaram a Vossa dor… Se eu não tivesse cometido tantos e tão graves pecados, seria menos intenso o Vosso sofrimento… Perdoai-me tamanha ingratidão, pela Vossa infinita misericórdia, e convertei-me!

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

8ª Estação – Jesus consola as filhas de Jerusalém

Vidit suum dulcem natum
Moriendo desolatum
Dum emisit spiritum

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Viu o Filho seu amado
Morrendo desamparado
entregar o Espírito

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Imensa multidão seguia a Jesus, assim como mulheres a chorar e se lamentar. Jesus voltou- se para elas e lhes disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, mas por vós e por vossos filhos’pois se assim é tratada a madeira verde, que se fará do lenho seco?”. Jesus prediz o castigo que ia, em breve, cair sobre a nação deicida, a qual foi dispersa, sendo o Templo, todo o seu orgulho, reduzido a cinzas. Se a vida da graça não anima a minha alma, qual lenho seco que se queima, pela justiça divina serei lançado “na geena do fogo inextinguível”.

Dai-me, meu Deus, lágrimas, lágrimas de amor e de arrependimento, para que chore sempre os meus pecados e os Vossos martírios e assim desagrave o Vosso Coração aflitíssimo!

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

9ª Estação – Jesus cai pela terceira vez

Eia Mater fons amoris
Me sentire vim doloris
Fac, ut tecum lugeam

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Eia, mãe, fonte de amor
Fazei que esta imensa dor
possa chorar eu convosco

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Jesus, desfalecido e exausto, cai de novo por terra e novamente fere nas pedras a fronte coroada de espinhos. Algumas fontes dizem que tal foi a fraqueza de Jesus aos pés do Gólgota que foi sustentado pelos soldados para chegar ao calvário. O príncipe das trevas tem a sua hora, a hora da suprema iniquidade. Mas esta também é a hora do perdão, graças a profunda humilhação do Deus feito homem.

Ó Jesus! São tantos e tão graves os meus pecados que, para expiá-los, dir-se-ia que não basta uma só queda de um Deus… Dai-me a Vossa graça, para que deteste os meus pecados e Vos siga no caminho das humilhações e dos sofrimentos da vida neste exílio. Obrigado, meu Jesus, por vos terdes assim humilhado, a fim de me levantar novamente.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

10ª Estação – Jesus é despojado de suas vestes

Fac ut ardead cor meum
in amando Christum Deum
Ut sibi complaceam

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Fazei que minh’alma se inflame
E o Cristo Deus só ame
E só o busque agradar

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Quando os algozes arrancaram a Jesus as suas vestes, todas as chagas por ele recebidas na flagelação se reabriram. “Nós o vimos”, diz Isaías, “sem beleza nem esplendor. Pareceu-nos um objeto de desprezo, o último dos homens, um homem de dores, votado ao sofrimento. Nós o considerávamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado; mas por nossas iniquidades é que Ele foi coberto de chagas, por nossos crimes é que foi torturado. O castigo que nos era devido caiu sobre Ele e nós fomos curados por suas chagas”.

Desse modo expiais minhas imodéstias, ó Jesus. Dai-me o espírito de pureza e penitência, sobretudo para vencer as tentações da carne e os prazeres do mundo.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

11ª Estação – Jesus é pregado na Cruz

Sancta Mater, istud agas
Cucifixi figi plagas
Cordi meo valide

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Santa Mãe, isto vos peço:
Fique em meu peito impresso
das chagas de vosso Filho

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Chegado ao lugar chamado Calvário, os soldados crucificaram a Jesus e, com Ele, dois ladrões, um a sua direita, outro à esquerda. Cumpriu-se, pois, a palavra da Sagrada Escritura: “Foi contado entre os marginais.” Dizem os impropérios da Sexta-Feira Santa: “Povo meu, o que eu te fiz? Em que te contristei? Responde-me. Será por te haver tirado da terra do Egito que levantaste uma cruz para teu Salvador? Eu te elevei entre os povos, tu porém me elevastes pregado à Cruz. O que eu te fiz? Responde-me”

Minha Mãe, no momento em que até o bom ladrão mereceu perdão, pedi que Jesus me perdoe toda a cegueira com que tenho considerado a obra das trevas que se trama em redor de mim. E dai-me a graça de ser pregado à minha cruz de cada dia.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

12ª Estação – Jesus morre na Cruz

Tui nati vulnerati
Tam dignatio pro me pati,
Pœnas mecum divide

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Do chagado filho seu
As penas que ele sofreu
Reparti-as todas comigo

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Jesus exclama da Cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Depois, dirigindo-se ao bom ladrão: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”. Vendo, em seguida, sua Mãe e de pé, junto dEla, o Discípulo a quem amava, disse a sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho!” E ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. Então obscureceu-se o sol e as trevas envolveram o mundo. No ápice de sua dor, sentindo-se abandonado até pelo Pai, exclamou em alta voz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?”. Exclamou: “Tenho sede”, e quando lhe apresentaram o vinagre, disse: “Tudo está consumado”. Inclinou a cabeça e expirou.

Morreu. Um Deus morreu por mim. Aprende, ó minh’alma, a morrer para o pecado, pois a sua gravidade é tanta que para expiá-lo foi necessária a morte de um Deus encarnado. Por vossa cruz, nossa paixão e morte, livrai-me Senhor do pecado e do Inferno.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

13ª Estação – Jesus é descido da Cruz e postos no braços de sua mãe

Fac me tecum pie flere
Crucifixo condolere
Donect ego vixero

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Fazei-me enquanto eu viver
Com meu Jesus condoer
E convosco o reparar

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Aproximando-se a noite, José de Arimateia, junto com Nicodemos e piedosas mulheres dirigiram-se ao Calvário para obter o Corpo de Jesus. Eles despregaram Jesus da Cruz e depuseram nos braços de sua mãe, em pranto. Em seguida, cobriram-no com uma mortalha de finíssimo pano e o levaram para ser sepultado. Que desolação para Maria, receber em Seus braços a Jesus não belo e cândido como em Belém, mas todo ferido e desfigurado! Inclina-Se sobre o Seu Filho morto e chora. Chora inconsolavelmente. Depois, considera os estragos que fizeram naquele santíssimo Corpo: os flagelos, os espinhos, os cravos, a lança!

Ó Maria, fui eu que, pelos meus pecados, dei a morte a Jesus e causei tão acerbas dores ao Vosso Coração… Senhora, não me desampareis. Perdoai-me as minhas ingratidões impetrai-me a graça de viver unicamente para Jesus.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

 

14ª Estação – Jesus é colocado no Sepulcro

Juxta Crucem tecum stare
Et me tibi sociare
In planctu desidero

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

Junto à cruz eu quero estar
Desejo também chorar
convosco, ó Mãe de Deus!

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Perto do lugar onde tinha sido crucificado Jesus, havia um jardim e nesse jardim um sepulcro pertencente a José de Arimateia, nunca usado. Como estava para comecár a festa do grande Shabbat paschal, Nicodemos e José alí depuzeram o corpo de Jesus e, tendo rolado uma grande pedra à entrada do túmulo, afastaram-se desolados assim como as santas mulheres, enquanto a noite caia.

Que eu seja sepultado convosco, ó Jesus, e, morto para o mundo, possa eu ressuscitar uma vida nova, segundo a promessa feita em meu batismo.

Ó Jesus, * eu vos amo de todo o meu coração, arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e prometo, com a Vossa Graça, esforçar-me para nunca mais vos tornar a ofender.

V. Miserere Nostri, Domine
R. Miserere Nostri

Pater Noster. Ave Maria

V. Fidelium animae per misericordiam Dei requiescat in pace
R. Amen.

V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.

Pai Nosso. Ave Maria.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

 

Oração Final

V. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi
R. Quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum

V. Ora pro nobis, Virgo dolorosissima
R. Ut digni efficiarmus promissionibus Christi

V. Oremos pro Pontifice Nostro Francisco
R. Dominus conservet eum, et vivificet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in animam inimicorum eius.

V. Orémus pro Antistite nostro N. (Manaus – Leonardo)
R. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.

V. Oremus pro fidelibus defunctis
R. Requiem æternam dona eis, Domine, et lux perpetua luceat eis

 

Oremus: Respice quesumus Domine, super hanc familiam tuam, pro qua Dominus noster Iesus Christus non dubitavit manibus tradi nocentium, et crucis subire tormentum.

Domine Jesu Christe, Fili Dei vivi, qui hora sexta, pro redemptione mundi, crucis patibulum ascendisti, et Sanguinem tuum pretiosum in remissionem peccatorum nostrorum fudisti, te humiliter deprecamur, ut post obitum nostrumm janum paradisi nos gaudentes introire concedas.

Interveniat pro nobis, quaseumus Domine Jesu Christe, nunc et in hora mortis nostrae, aput tuam clementiam, beata Virgo Maria, mater tua, cujus sacratissimamm animam, in hora tuæ Passionis, doloris glaudius pertransitivi.

Parce, Domine, parce populo tuo; ne in aeternum irascaris nobis

V. Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
R. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

V. Rogai por nós, Virgem dolorosíssima
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

V. Oremos pelo nosso Pontífice Francisco
R. O Senhor o conserve, o vivifique, o faça feliz sobre a Terra e não permita que caia nas mãos de seus inimigos.

V. Oremos pelo nosso arcebispo N. (Manaus – C Miguel, que ele permaneça firme a apascentar o vosso rebanho Senhor, na vossa fortaleza e na sublimidade do vosso nome

V. Oremos pelos fiéis defuntos
R. Dai-lhes Senhor, o descanso eterno, e sobre eles brilhe a luz perpétua.

Oremos:  Lançai o vosso olhar, súplices vos pedimos, Senhor, sobre esta vossa família pela qual Nosso Senhor Jesus Cristo não hestou entregar-se nas mãos dos perversos e suportar o tormento da Cruz.

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que à sexta hora do dia subistes ao patíbulo da Cruz, para a redenção do Mundo, e derramastes o Vosso precioso sangue para a remissão dos nosso s pecados, humildemente vos suplicamos a graça de poder, depois da nossa morte, transpor com alegria a porta do paraíso.

Interceda por nós, como vos pedimos, Ó Senhor Jesus Cristo, agora e na hora de nossa morte, junto à vossa clemência, a Virgem Maria, vossa Mãe, cuja sacratíssima alma, na hora de vossa paixão, foi traspassada pelo gládio de dor.

Perdoai, Senhor, perdoai o vosso povo, não vos irriteis eternamente contra ele.

 

Após a Vi (Santo Afonso)

Dulcíssimo Jesus, no Horto das Oliveiras triste até a morte, profundamente angustiado, oprimido de agonia, coberto de suor de Sangue,
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, pelo ósculo traidor entregue às mãos dos Vossos inimigos, maltratado, atado e preso com cordas, abandonado pelos discípulos,
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, pelo injusto Conselho dos judeus julgado réu de morte, entregue a Pilatos, desprezado e escarnecido pelo ímpio Herodes, R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, despido, preso a uma coluna e acoitado cruelmente
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, coroado de espinhos, ferido na sagrada Cabeça com uma cana, vestido, por escárnio, de um manto de púrpura, saciado de opróbrios
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, mais odiado que um ladrão e assassino, reprovado pelos judeus, condenado à morte da Cruz
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, carregado com a pesada Cruz, caído em terra, levado ao Calvário como o Cordeiro ao matadouro
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, Homem das dores, despojado de Vossas pobres vestiduras, contado entre os criminosos, imolado em sacrifício pelos nossos pecados
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, cravado cruelmente na Cruz, ferido dolorosamente por causa das nossas iniqüidades, quebrantado por causa das nossas culpas
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, escarnecido ainda na Cruz, atormentado e oprimido de dores indizíveis, consumido de sede, abandonado na mais dolorosa agonia pelo próprio Pai Celestial
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, morto na Cruz, traspassado por uma lança à vista de Vossa dolorosa Mãe
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, descido da Cruz, depositado nos braços de Vossa Santíssima Mãe e banhado em Suas lágrimas
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

Dulcíssimo Jesus, ungido e embalsamado pelos discípulos amantes com preciosos aromas, envolvido em lençóis limpos e depositado no santo sepulcro
R. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós.

V. Ele verdadeiramente tomou sobre Si as nossas iniqüidades.
R. E as nossas dores Ele as suportou.

V. Como uma ovelha foi levado ao matadouro.
R. E como um cordeiro sem mancha diante de quem o tosquia, não abriu sequer a sua boca.

V. Na sua humildade, o seu julgamento foi exaltado.
R. Quem contará a sua descendência? Porque a sua vida foi tirada da terra.

V. Santo Deus, Santo Poderoso Santo Imortal
R. Tende piedade de nós

V. Senhor, ouvi a minha oração
R. E chegue até vós o meu clamor

Oremos:

Ó Jesus! Seja sempre bendito o Vosso Coração amabilíssimo! Meu Deus, quem teria sido capaz de dar uma só gota de sangue por mim! … E Vós destes todo, até a última gota, para salvar a minha alma! Todavia, quantas vezes para agradar às criaturas, Vos tenho desprezado, meu sumo Bem! Perdoai-me pelo Vosso sangue precioso! Quero amar-Vos de todo o meu coração e cumprir fielmente a Vossa santíssima vontade. Amparai-me sempre com a Vossa graça.

Ó Jesus, pela desolação imensa que sofrestes no Calvário, especialmente quando a Vossa Alma se separou do Vosso Corpo divino, tende piedade da minha alma, quando sair do meu corpo miserável… Assim, depois de Vos ter seguido nas breves tribulações da vida, eu Vos seguirei na felicidade eterna do Paraíso

Ó Mãe das Dores, Rainha dos mártires, que tanto chorastes vosso Filho morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida, com uma incessante e terna compaixão pelos sofrimentos de Jesus e pelos vossos. Por piedade, ó Advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da terrível passagem desta vida para a eternidade.

V. Que as almas dos fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz
R. Amém.

V. Nos cum prole Pia
R. Benedicat Virgo Maria

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