Renovação da Consagração

Costume belo e inspirador que muitas congregações marianas do passado nos legaram é a renovação do Ato de Consagração por seus membros consagrados. O dia de sua consagração, dia que ficará para sempre marcado em sua vida, mas não só – poderíamos dizer, para sempre. O congregado, renovando constantemente sua consagração, faz de sua vida um constante hoje de serviço e amor a Nossa Senhora. Essa renovação costuma acontecer uma vez por ano ou mesmo com maior frequência. Os dias da renovação podem ser determinados pelo diretor ou sugeridos a ele pela diretoria. O mês de maio, naturalmente, é o momento natural, assim como a festa patronal, seja do título primário de Nossa Senhora que nomeia a Congregação, seja do santo do título secundário.

A Renovação da Consagração, além do efeito espiritual de reafirmação dos propósitos e aprofundamento da Consagração, pode ter também o excelente efeito de ratificação do compromisso não só para com Deus e Nossa Senhora, mas também para com a Congregação e sua regra.

 

Como deve ser a Renovação

É bom que esse ato de renovação seja sempre conduzido de maneira fixa, com toda a solenidade possível, seguindo o cerimonial da Congregação. O diretor e os dirigentes da Congregação devem ter todo cuidado para que o melhor seja feito em honra de Sua Senhora. O ato de renovação deve ser feito preferencialmente de modo público, e todo cuidado tomado para que sejam edificados os fiéis pela oblação dos congregados. O altar de Nossa Senhora deve estar ricamente ornado, conforme as posses da Congregação e os congregados devem recitar o ato de joelhos, com uma vela em suas mãos – como seria belo se fosse a mesma com que se consagraram!

A renovação deve ser idealmente precedida por um Recolhimento, em que os congregados se exercitem no silêncio, na oração em comum, na adoração ao Santíssimo Sacramento e na meditação, preferencialmente em que se medite sobre a morte.

Se, como se usava em alguns lugares, o Ato de Consagração está impresso e assinado individualmente pelo Congregado, o Secretário os reune, junta-os aos do Presidente e Oficiais e entrega-os ao Diretor, que os coloca sobre o altar. Após a Renovação, sendo possível, o diretor canta a Missa e conclui com a Comunhão Geral de todos os congregados.

Embora o elemento essencial seja a recitação do ato de consagraçào, convém precedê-lo do canto do Veni Creator e da recitação solene da Profissão de Fé. A recitação do ato de consagração pode ser feita  pelo presidente sozinho, ou pelo presidente e pelos membros, que repetem cada frase após o presidente, ou por cada membro individualmente, por ordem de dignidade. Esta última forma é sem dúvidas a mais solene e deve ser preferida quando os Congregados não forem muito numerosos.

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Se algum membro não pode estar presente por estar distante ou ter se afastado da Congregação por causa grave, sem ter se desvinculado, um costume de algumas congregações é enviar por correspondência um Ato de Consagração impresso para que sejam assinados e devolvidos. O presidente então, em data oportuna, apresenta os atos ao restante da Congregação com um discurso. Este uso é inclusive recomendado em alguns regras particulares, como a da Congregação de Barcelona (séc. XIX).

Trecho do livro “Hints and Helps for those in Charge of the Sodality of Our Lady” (1907), do Pe. Elder Mullan, S.J.,
Traduzido e expandido por um Congregado Mariano

 

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