Refugium Peccatorum

O coração que chora resignado,
tendo perdido as ilusões da vida,
como pássaro em busca de guarida
acolhe-se ao teu seio imaculado.

És como um rio azul, rio sagrado,
em cuja transparência, adormecida,
transforma-se a vida pervertida
e se lavam as manchas do pecado.

Bendita sejas tu, cuja bondade
tem sorrisos de paz e redenção
para os tristes, que choram na orfandade.

Para a dor que não tem consolação,
bendita sejas tu, que é Piedade,
conduzindo a miséria pela mão

Pe. Diogo Feijó (Séc. XVIII)

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