Rosa Branca
Doce consolação dos infelizes,
primeiro e último amparo de quem chora,
Oh! dá me alívio, cicatrizes,
para estas chagas que te mostro agora.Dá-me dias de luz, horas felizes,
toda a inocência das manhãs de outrora:
as colunas de nuvens em que pises
transformam-se em clarões de fim de aurora.Tu és a Rosa Branca entre os espinhos,
estrela do alto mar e torre forte,
vem mostrar-me, Senhora, os bons caminhos.Que ao meditar as tuas Sete Dores
eu sinta na minha alma a dor da morte,
dos meus pecados e meus terrores
Alphonsus Guimarães (†1921)