S. Carlos Borromeu, bispo
Cardeal-Arcebispo de Milão.
Nascimento
02/10/1538, em Arona, Ducato de Milão
Morte
03/11/1584, em Milão, Ducato de Milão
Beatificação
16/09/1602, em Roma, pelo Papa Clemente VIII
Canonização
01/11/1610, em Roma, pelo Papa Paulo V
Festa Litúrgica
04 de Novembro
Onde Foi Congregado
Fundador de várias Congregações Marianas, sobretudo nos Colégios de sua Diocese
São Carlos Borromeu foi um cardeal italiano e também Arcebispo de Milão. O primeiro a fundar seminários para a formação de futuros padres, além de promover sínodos diocesanos e abundar os escritos catequéticos e o conhecimento da doutrina Católica.
Foi o segundo filho de Gilberto Borromeu e Margherita de Medici, esta última era irmã do Papa Pio IV. Ainda jovem revelou um ótimo talento e uma inteligência peculiar, sendo essas características percebidas durante a sua fase de formação humana e cristã. Juntamente com essas qualidades, ele demonstrou uma forte inclinação para a vida religiosa devido a sua piedade e o seu temor a Deus. Um traço marcante de sua personalidade era o amor à oração e o aborrecimento com os divertimentos profanos, o que demonstrava mais ainda os sinais positivos para a sua vocação sacerdotal.
Chegou a estudar na Universidade de Pavia, onde se destacou pela sua facilidade de administração e a sua forma de tratar as pessoas e foi ordenado em 1562. Anos antes, foi chamado à Roma pelo Papa, que era seu tio e que sabendo de suas disposições para a vida religiosa, já lhe anteprevia futuros cargos eclesiásticos de muita estima e alto grau de sacrifício. Posteriormente, então, acabou aceitando a sua nomeação e as responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão.
Tornou-se um bispo modelo na virtude da caridade e um pastor implacável para com suas ovelhas, onde fazia um trabalho árduo para a guarda e salvação das almas a ele confiadas. Após a realização do Concílio de Trento, São Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, mesmo que, para isso, precisasse ocupar uma posição inferior à sua atual.
Foi um fervoroso lutador contra o protestantismo nos Vales Suíços, onde impôs, de forma estrita, os ditames do Concílio de Trento assim como também, durante sua visita pastoral ao Vale da Mesolcina, na Suíça, mandou prender mais de 150 pessoas que foram acusadas de bruxaria.
Ele era um grande modelo de Caridade, conforme é sabido por sua atuação durante o período em que uma doença, semelhante à peste, atingiu a cidade de Milão no período de 1569 a 1570, após dar tudo o que tinha chegou ele mesmo a pedir esmolas, o que acabou por abrir fontes de auxílios que teriam ficado fechadas.
Quando a Peste atingiu a cidade, em 1576, e o povo estava esquecido e abandonado pelo poder público, o santo Arcebispo continuava a procurar pelos pobres e a eles administrava os sacramentos além de consolá-los. E mesmo com a falta de recursos que tinha, ele lançou mão de tudo o que possuía para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de 100 sacerdotes haviam pagado com a vida na sua dedicação para o serviço com os doentes, mas Deus conservou São Carlos, e disso ele se aproveitou para falar duras verdades aos ímpios e ricos que esqueceram de Deus.
Enfrentou diversas perseguições durante a vida sendo a maior delas um préstito carnavalesco nas ruas de Milão, organizado pelo governador, na mesma hora da missa do primeiro domingo da Quaresma, de 1579, que seria presidida pelo Arcebisto São Carlos.
Dedicou também parte da sua vida na evangelização de outras partes da Europa, sempre mantendo seus olhos e tempo da sua vida para Deus e para os outros bens da Igreja e das pessoas.
Em Outubro de 1584 durante sua retirada para os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre aos quais não deu a menor importância. Esses acessos repetiram-se e consumiram as forças do santo, vindo a falecer, após receber os sacramentos, em 03/11/1584, aos 46 anos.
Suas últimas palavras foram: “Eis, Senhor, eu venho, vou já”.