B. Pier-Giorgio Frassati, confessor

Confessor e leigo, membro da Ação Católica

Nascimento
06 de abril de 1901 em Turim, Itália

Morte
04 de julho de 1925 em Turim, Itália

Beatificação
20 de maio de 1990 pelo papa João Paulo II

Festa Litúrgica
4 de junho

Onde foi Congregado
Congregado no Instituto Social dos Jesuítas em Turim, Itália

Pier-Giorgio Frassati foi um católico italiano, modelo do jovem leigo que foi significativamente popular nas décadas seguintes à sua inesperada morte, sobretudo nas Conferências de São Vicente de Paulo e na Ação Católica.

Filho de Alfredo Frassati e Adelaide Ametos, família abastada, dona do jornal La Stampa. Tendo vivido entre 1918 e 1922, em Berlim, onde seu pai foi embaixador da Itália, Pier-Giorgio viveu sobretudo no Piemonte, na cidade de Turim. Era profundamente anti-fascista, chegando a se envolver em confrontos físicos com adeptos do Partido Social Fascista de Benito Mussolini. Quando Benito assumiu, seu pai demitiu-se do cargo de embaixador e retornou à Itália com a família.

Em 1921, Pier-Giorgio inscreveu-se no Partido Popular Italiano que era dirigido por Luigi Sturzo, que se utilizava das ideias da Doutrina Social da Igreja.

Pier-Giorgio dedicou-se desde muito novo a várias obras sociais, de caridade e religiosas, envolveu-se no seio de vários grupos católicos de juventude, como a Congregação Mariana e a Sociedade de São Vicente de Paulo. Quando adolescente, participou dos centros da Juventude Mariana Vicentina em Turim e mais tarde tornou-se membro da Ordem Terceira de São Domingos.

Morreu em 1925, aos 24 anos, de poliomielite e milhares de pessoas participaram de seu funeral.

Foi beatificado no dia 20/05/1990 pelo papa João Paulo II como O Homem das Oito Bem-Aventuranças.

 

Fragmentos das cartas de Pier-Giorgio

No Mundo que se afastou de Deus falta a Paz, mas também falta a Caridade ou seja, o Amor verdadeiro e perfeito. Não há nada mais belo do que a Caridade. De fato, a fé e a esperança cessam com a nossa morte, mas o Amor dura eternamente, e até creio que será mais viva na outra vida.

Nós - que, por graça de Deus, somos católicos - não devemos gastar os anos mais belos da nossa vida como desgraçadamente fazem tantos jovens infelizes que se preocupam com gozar os bens terrenos e não produzem nada de bom, mas que apenas fazem frutificar a imoralidade da nossa sociedade moderna.

Devemos treinar-nos, a fim de estarmos prontos para travar as lutas que, seguramente, teremos de combater pela realização do nosso programa e para, assim darmos à nossa Pátria, num futuro não muito longínquo, dias mais alegres e uma sociedade moralmente sã. Mas para tudo isto, é preciso: a oração contínua para obter de Deus a graça sem a qual as nossas forças são vãs; organização e disciplina para estarmos prontos para a ação no momento oportuno e, finalmente, o sacrifício das nossas paixões e de nós mesmos, porque sem isso não se pode atingir o objetivo.

É bobo quem anda atrás das alegrias do mundo porque são sempre passageiras e trazem dores, enquanto a única alegria verdadeira é a que nos é dada pela fé.

Os tempos que atravessamos são difíceis porque a perseguição contra a Igreja torna-se mais feroz e cruel que nunca; mas vós, jovens destemidos e bons, não vos intimidais com este pouco, já que sabeis que a Igreja é uma instituição divina e não pode acabar.

Infelizmente uma por uma das amizades terrenas produzem dores no nosso coração pelo afastamento. Por isso, queria que fizéssemos um pacto indestrutível que não conhece limites temporais nem fronteiras físicas: a aliança da oração.

Queremos saber de onde viemos e para onde vamos. Espero com a graça de Deus prosseguir o caminho dos ideais católicos, defendendo e propagando esses verdadeiros e únicos valores.

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