A busca pela felicidade eterna

Da mesma maneira que um profissional estuda para exercer uma profissão, o homem está sobre a terra para atingir um fim: a felicidade eterna. Todos nós existimos para o serviço e a para glorificação de Deus, e somente assim conseguiremos alcançar a felicidade eterna depois da morte, e, em certo modo, já durante esta vida.

Por isso, a glória de Deus é a finalidade de toda a criação. Todas as criaturas foram criadas com a qualidade de revelar a perfeição e alguma característica de Deus, que só podem ser compreendidas pelas criaturas racionais, ou seja, os anjos e os homens.

O fato é que todas as criaturas, mesmo as irracionais e mais rudimentares, louvam a Deus por possuírem qualidades dadas por Ele. Logo, o homem também foi criado para revelar a glória divina, seja pela qualidade de seu corpo, sua inteligência, pelas próprias recompensas que os justos alcançam ou até mesmo pela sua condenação.

Sendo uma criatura racional e livre, o homem glorifica a Nosso Senhor de maneira particular pela ciência de Deus e pelo uso da liberdade. Contudo, a liberdade não pode ser abusada para o uso exclusivo da busca dos prazeres, pois agirá assim quem como o servo que em lugar de servir ao seu senhor passa o tempo com ocupações secundárias e acessórias. Na verdade, “uma só coisa é necessária” 1, procurar “primeiro o reino de Deus e a sua justiça”, que “tudo o mais vos será dado em acréscimo” 2.

A felicidade eterna consiste, portanto, na união com Deus, que se dá pela inteligência, ou seja, pelo conhecimento de Deus, e por um ato de vontade, resumido no amor a Deus. Didaticamente, podemos dividir a busca pela felicidade eterna da seguinte maneira:

  1. Primeiramente, é necessário conhecer a Deus pela fé nas verdades reveladas;
  2. E também cumprir a vontade de Deus pela observância dos mandamentos;

Há ainda um terceiro elemento, sem o qual os dois anteriores são inócuos, qual seja, a Graça de Deus, pois, se reduzido às forças próprias, o homem não pode crer nem observar os mandamentos. Além disso, enfraquecido pelo pecado original, o homem é como um cego que necessita de uma guia ou um doente que precisa de remédio. Logo:

  1. É preciso também beber das fontes da graça, quais sejam: o Santo Sacrifício da Missa, os Sacramentos e a oração.

Fechando este ciclo de busca de santidade, entendemos, de maneira a exemplificar, que a fé é como o caminho que conduz à porta do céu, os mandamentos são os marcos indicadores e as graças são as provisões de dinheiro. Sendo assim um depende do outro para exercer bem sua função, já que cada virtude é praticada de forma mais intensa por cada elemento de busca da felicidade eterna, ou seja, a fé pela crença real em Deus, a caridade pelo cumprimento efetivo dos mandamentos e a esperança na salvação pela Graça advinda da oração e dos sacramentos.

Para melhor entender este conteúdo, apresentamos a tabela abaixo demonstrando como alcançar a felicidade eterna:

 

Meios para se alcançar a felicidade eterna Potências da Alma Virtudes Teologais
Crer nas verdades reveladas fazendo uso da inteligência e exercendo a
Cumprir os mandamentos por atos de vontade e aplicando a Caridade
Beber na fonte das graças advindas da Santa Missa, orações e dos Sacramentos acionando a sensibilidade pelos sacramentos e a Esperança pela oração.
  1. S. Luc X, 42
  2. S. Mat. VI, 33

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1 Resultado

  1. Joaquim Andre da Silva disse:

    Muito interessante essa explanação sobre a Destruição do Rito Romano Tradicional. Alguns estudiosos alegam que essa mudança causou a perda da fé de centenas de Sacerdotes. penso que foi um grande erro dos pretensiosos e maldosos criadores dessa nova liturgia.

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